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Aprender Matemática

  • Henrique Galvão
  • 12 de ago.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de out.

A Matemática está presente em praticamente todos os aspectos da vida cotidiana — das operações mais simples, como fazer compras, até os cálculos complexos usados na Engenharia. No entanto, aprender Matemática vai muito além de memorizar fórmulas ou resolver equações. Trata-se de desenvolver o raciocínio lógico juntamente com a capacidade de resolver problemas. É inegável que o contato contínuo com a Matemática contribui para a formação intelectual, promovendo competências essenciais para a vida pessoal e profissional. Juntamente com o Português, a Matemática tem maior carga escolar do que as outras matérias, sendo esperado do aluno o domínio completo das habilidades matemáticas e de maneira cumulativa. 


Desde os primeiros anos escolares, o aprendizado da matemática representa um desafio para muitos, sendo uma disciplina que desperta inseguranças, provavelmente por se tratar de uma matéria que utiliza uma linguagem própria para representar o mundo, por meio de símbolos e relações lógicas. O primeiro contato assustador de muitos acontece ao lidar com tabuada. E a partir daí o trauma só aumenta, uma vez que os conteúdos da matemática nunca vão embora, eles só se intensificam. 


Diferentemente de outras matérias, o conteúdo da matemática tem um potencial muito mais acumulativo. Aquilo que se vê nos primeiros anos escolares na educação infantil, te acompanharão até os anos finais do colégio. A tabuada, por exemplo, nunca te abandona. A Fatoração, o MMC e o MDC também são ferramentas básicas que estarão presentes até o ENEM. Saber lidar com frações, potências e funções não necessariamente serão essenciais durante um curso superior, mas com certeza serão pré-requisitos para cursar um. Esse é um dos fatores que gera tanta dificuldade na matemática: um conteúdo acumulativo, que quando não é bem dominado gera buracos e dificuldades posteriores. Muitas vezes os alunos têm facilidade no raciocínio lógico, mas devido a uma base ruim na matemática, acabam criando uma resistência à matéria e seu aprendizado se torna uma barreira. 

Além de ser acumulativo, trata-se de uma matéria que exige prática constante. Para evitar erros é necessária uma certa automatização de procedimentos por parte do aluno, que só é possível por repetição frequente de exercícios. Não basta apenas compreender um conteúdo, é preciso verificar o entendimento realizando tarefas, praticando. E a prática envolve hábitos de estudo, disciplina, e organização. É muito frequentemente observado, principalmente nos alunos que têm certa facilidade com a parte lógica, ser deixado de lado a prática, e se depositar confiança apenas no lado “instintivo” de resolução de problemas, o que pode até funcionar por um período, mas quando os conteúdos ficam mais desafiadores o aluno se vê na difícil tarefa de desenvolver um hábito que nunca foi cultivado, enquanto sofre com a frustrante novidade das notas baixas. 


Para além das ferramentas que aprendemos na Matemática, precisamos desenvolver um raciocínio lógico, que nos permite elaborar uma solução para problemas contextualizados. É esse tipo de raciocínio que os colégios vem tentando explorar cada vez mais, principalmente devido às provas do ENEM, que procuram apresentar problemas da vida real para contextualizar o uso das ferramentas aprendidas durante todo o ensino fundamental e médio. 


Dominar a matemática não é uma questão de talento, envolve muita prática, e também a capacidade de reconhecer o que está impedindo o seu progresso: será a própria falta de prática? Uma base frágil em conteúdos anteriores? Ou a resistências criada por experiências negativas ao longo dos anos? Talvez tenha sido um professor “carrasco”, o qual, ao invés de ajudar seu aprendizado, minou sua autoestima? Identificar esses bloqueios é o primeiro passo para superá-los. A Matemática pode ser difícil, mas ela se torna mais acessível quando encarada com disciplina e constância. Criar o hábito do estudo constrói uma base sólida e evita que as dificuldades se acumulem. Porém, quando os traumas já estão instalados e as dificuldades consolidadas, pode ser difícil identificar como lidar com essa matéria tão difícil. Um professor particular talvez possa ajudar.


 
 
 

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